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Secretário da Saúde é ouvido pelos vereadores durante sessão ordinária

Vereadores questionaram o secretário sobre as ações no combate ao coronavírus
Secretário da Saúde é ouvido pelos vereadores durante sessão ordinária

Por: Silvia Morais - Fotos: Allan S. Ribeiro

Dedicada a ouvir o secretário da Saúde, Sandro Scarpelini, a sessão ordinária desta terça-feira, 04 de agosto, foi realizada através de videoconferência obedecendo as regras sanitárias de retomada do Estado de São Paulo.

Convocado através de requerimento aprovado de autoria do vereador Renato Zucoloto (Progressista), o secretário iniciou apresentando gráficos que demonstram a diminuição de casos positivos diários, e explicou ainda a forma como são construídos os gráficos.

Pelos dados do Governo do Estado de São Paulo do dia 03 de agosto, Ribeirão estaria na fase laranja, conforme informou Scarpelini. Mas isso é variável e não tem como afirmar, pois os dados são variáveis e modificam todos os dias. O secretário fez um apelo que a população continue mantendo o isolamento e respeitando todas as normas de contenção da pandemia. E mesmo que Ribeirão evolua de fase, a população deve continuar evitando aglomerações para não haver uma regressão com o aumento de contaminados.

A possibilidade de o comércio reabrir na sexta-feira, caso haja evolução de fase, foi questionado pelo presidente da Câmara, Lincoln Fernandes (PDT), o que o secretário acredita que a proposta possa ser apresentada ao prefeito.

Novamente o secretário afirmou que o uso da hidroxicloroquina não está incluído no protocolo da Secretaria da Saúde, porem não é proibida a prescrição. Scarpelini reafirmou que a cidade segue o protocolo do Hospital das Clínicas.

Quanto à fiscalização, que é feita pela vigilância sanitária e Guarda Municipal, estão atendendo todas as denúncias, mas a conscientização da população é fundamental. A respeito do episódio envolvendo o Parque Ribeirão neste final de semana, quando houve aglomerações e o não uso de máscaras pela maioria, o secretário declarou que a Unidade Básica Distrital de Saúde daquele bairro é onde tem mais casos confirmados. 

A saúde mental dos servidores que se encontram na linha de frente foi citada, e  Scarpelini esclareceu que existe a preocupação e um trabalho desenvolvido para amenizar a ansiedade dos profissionais. Com 1.200 funcionários afastados por pertencerem ao grupo de risco, existe uma sobrecarga aos profissionais da área da saúde.

O secretário também respondeu que existem filas de outras especialidades sem evolução na maior parte dos hospitais por existir recomendações para que sejam realizadas cirurgias somente em caso de urgência em vista do risco de contaminação alto.

A falta de um Ministro da Saúde é um fato lamentado pelo secretário, o que realmente deixou o país acéfalo. E as consequências para a cidade é a falta de habilitação em muitos leitos para o COVID. Citou que a Santa Casa abriu 14 leitos mas somente 10  habilitados, o Hospital Beneficência Portuguesa abriu oito e nenhum habilitado, no Santa Lydia existem dois leitos habilitados mas mantêm 19 atendendo exclusivamente. Com isso não existe o repasse do SUS no valor de R$1.600,00 para cada leito COVID, com isso parte da verba federal que veio para a Secretaria da Saúde terá de ser repassada a estes hospitais.

A falta da medicação azitromicina na rede é devido ao uso indiscriminado, mas vem sido substituída por outros similares.

Foi anunciado por Scarpelini que a UPA Norte iniciará os atendimentos a partir da próxima segunda-feira, a partir de segunda feira, 10 de agosto. E a UPA Oeste a empresa tem o prazo de entrega até outubro, mas em novembro deverá entrar em funcionamento.